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Encontro | FAUP 40 anos | Entre os Desenhos, os 'nossos' Desenhos
com José Maria Lopes, Joaquim Vieira, Joana Vieira da Silva, Nuno Sarmento, Armando Ferraz e Ana Aragão

17 de abril de 2021, Sábado, 17h00, videoconferência



[ID: 881 7382 4112]

O encontro que se pretende realizar, no contexto das celebrações dos 40 Anos da FAUP, procura reunir algumas pessoas para uma conversa em torno do desenho, tendo como ponto de partida a experiência do Desenho e do desenhar na FAUP ao longo dos anos.

Trata-se de mostrar, de lembrar, ou rememorar, a experiência de imagens do desenho, como aquelas que se encontraram pela primeira vez no passado, e/ou aquelas que continuam a fazer parte de continuados reencontros, as quais marcaram a prática pessoal, criativa e pedagógica de cada um.
— José Maria Lopes

Programa

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© José Giro

Pequenas histórias, grandes convivências
José Maria Lopes
| coordenação, apresentação, moderação

A partir de imagens de Desenhos abordam-se fragmentos de partilha de vida, momentos em que o Desenho e a sua Pedagogia transitam para lá das suas fronteiras mais restritas e operam como elementos transformadores de vidas.


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© Joaquim Vieira

Desenhar sem Pensar
Joaquim Vieira

Pensar para desenhar; desenhar sem pensar; pensar sem desenhar; desenhar para pensar; pensar a desenhar, desenhar a pensar… VERBOS. Querem eles dizer alguma coisa sobre a consciência da ação? Ou somos nós que fazemos “coisas”, que são verbos, inconscientemente?


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© Joana Vieira da Silva

O Medo do Desenho

Joana Vieira da Silva

O sentimento que melhor define o meu vínculo no período formativo é o medo do desenho. Um medo que foi perdendo força pouco a pouco e que talvez esteja em vias de superação agora, quase vinte anos depois, em que termino de escrever a minha tese sobre as funções do desenho de arquitetura, onde situei a pedagogia do desenho na FAUP como estudo de caso.
Vou partilhar essa minha relação com o desenho, através de uma narrativa que começa nos desenhos dos dois primeiros anos do curso, passa pelos desenhos do caderno de viagens do 4.º ano e depois pelas experiências de ensino no Brasil, culminando na investigação que deu origem à tese.
Nessa narrativa, farei uma pequena excursão a certas doutrinas do desenho no Porto (que pude estudar na investigação para o doutoramento), quando percebi que a ideia do ensino do desenho como uma "prisão necessária" e dos professores de desenho como "tiranos e sargentos instrutores na recruta", cultivada na FAUP, ecoava princípios académicos de finais do século XIX, quando a aprendizagem do desenho provocaria nos alunos constrangimento e angústia, mas era então defendida como uma "submissão" conveniente e uma "sujeição" útil.
Vou falar de medo, de autonomia e de pacificação; e vou distinguir o produto (desenho) do processo (desenhar).


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© Nuno Sarmento

Desenho como meio, desenho como fim
Nuno Sarmento

Tendo refletido sobre o que a FAUP me proporcionou ao longo da minha passagem por aqui, decidi falar sobre a maior ferramenta que sinto ter adquirido: a capacidade de pensar e de enfrentar qualquer projeto através do desenho, utilizando-o como processo de pensamento.
Esta capacidade surge, a meu ver, do ensino exaustivo do Desenho como técnica de expressão própria e como fim em si mesmo – através da UC de Desenho - e da insistente utilização do desenho como ferramenta de exploração do pensamento, tornando-o num meio para alcançar um fim maior – através da UC de Projeto.
O esquisso torna-se a reflexão do pensamento – a ferramenta base do processo. Com este processo autonomizado sou hoje capaz de resolver os vários desafios projetuais – arquitetónicos ou não- que vão surgindo. Projetos de Desenho, Design, Arquitetura ou outros, vão sendo dominados com a mesma atitude projetual, sempre baseada no desenho.
Proponho, por isso, mostrar primeiramente desenhos meus das aulas de Desenho e de Projeto, sobretudo do 1º ano, e depois mostrar desenhos de processos, e seus respetivos projetos finais (de desenho, arquitetura e design) onde o desenho teve um papel preponderante em todo o seu desenvolvimento.


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© Armando Ferraz

Desenho e prática pedagógica

Armando Ferraz

Zapping comentado dos meus cadernos (ou sebentas) de desenho – cadernos estes associados à prática pedagógica da disciplina de desenho do primeiro ano desta faculdade. Alguns destes desenhos serviram como preparação e exemplificação de exercícios em desenvolvimento; outros como esquemas explicativos de aspectos particulares da forma, da perspectiva, do grafismo, da técnica, da linha, da mancha, da cor, etc.


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© Ana Aragão

Desenho urbano, do real ao imaginário

Ana Aragão

Os desenhos dos arquitectos, e em especial os desenhos urbanos, são um cruzamento entre real e projecto, análise e proposta. Conforme afirma Françoise Choay, os desenhos dos arquitectos são acção. Interessa abordar esse cruzamento entre realidade e imaginário, entre aquilo que é e aquilo que pode ser. Além de descoberta teórica, as lições práticas da FAUP informam a minha investigação prática até aos dias de hoje, na minha aventura diária de imaginadora da cidade.
Nos conhecidos desenhos de aula de TGOE de Fernando Távora descobri a ideia de pensar através do desenho, de pensar como um processo que articula mão e cérebro. Em Siza descubro a possibilidade de rigor de um desenho rápido, algo raro, e a não diferenciação entre pré-existente e projecto; passado e futuro equivalem-se no desenho do mestre. Com Aldo Rossi aprendo que a cidade se compõe de temporalidades, tanto quanto de espacialidades. Os desenhos de Frank Lloyd Wright para a sua Broadacre City ensinam-me o poder inspirador que uma visão desenhada pode ter. Um desenho meu da FAUP recorda onde a aventura começou e um desenho meu actual lembra-me que, desejavelmente, ainda estou no início.

 


Ana

Ana Aragão (Porto, 1984) é arquitecta licenciada pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto FAUP (2009). Foi bolseira da FCT no Doutoramento no Departamento de Arquitectura da Faculdade de Coimbra (2011-2014, não concluído). Com atelier no Porto desde 2012, dá continuidade à investigação acerca da cidade e imaginários urbanos através do desenho e ilustração.
Das suas exposições e projectos recentes destaca-se “Galeria X”(2020), exposição individual na Reitoria do Porto, “S.M.L.LX”, exposição individual na Sociedade Nacional de Belas Artes (2019), “Vertical Reclamation of Individual Spaces” (2018), exposição individual e residência artística na Fundação do Oriente, Macau, a exposição individual “Imaginary Beings” em Macau (Taipa Village, 2017), a exposição individual em colaboração com a Jofebar “Future Frames” (2016).


armando

Armando Ferraz nasceu em Lisboa em 1968. Vive e trabalha no Porto. Em 1993 Licenciou-se em Artes Plásticas – Pintura, na Escola Superior de Belas Artes do Porto. É docente da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto desde 1997, onde leciona as disciplinas de Desenho 1 e Desenho 2. Tem participado em exposições colectivas e realizado exposições individuais desde 1994 das quais se destaca a última: “Mesas de Trabalho” no Clube de Desenho, em 2021. O seu trabalho está representado na coleção de Ivo Martins em depósito no Museu de Serralves e na coleção CAM-JAP, Fundação Calouste Gulbenkian, e está presente em diversas publicações.


jose

José Maria Lopes é investigador e Docente da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Doutorado em Arquitectura, ramo científico Desenho, pela FAUP, em 2009.
Regente da Unidade Curricular Desenho I, desde 2009.
Membro do Conselho Científico do Instituto de Investigação em Arte e Design da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, entre 2011 e 2013; Membro da Comissão Científica e Editorial do Atlas & Vocabulário do Desenho, Núcleo de Investigação de Desenho (ND), Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, entre 2011-2013; Membro do Conselho Pedagógico da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 2014-2018.
Presidente da Comissão de Equivalências, Reingressos, Transferências e Mudanças de Curso, da FAUP, desde 2010.
Membro integrado no CEAU, no Grupo de Investigação DFL - Laboratório de Fabricação Digital, desde 2017.
Desenvolve actividade artística e expõe regularmente o seu trabalho desde 1984.


joana

Joana Vieira da Silva Divide-se entre a investigação, a docência, o projeto de arquitetura e o desenho.
Tem vivido entre Portugal e o Brasil, com trabalhos nas áreas dos estudos culturais e urbanos, nomeadamente em programas de urbanização de favelas.
Entre 2014 e 2019 foi professora estagiária na Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (EA-UFMG), em disciplinas de Projeto. Em 2017 foi professora no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Ouro Preto, em disciplinas de Desenho.
O seu mestrado conta a história de uma favela construída sobre palafitas em São Luís do Maranhão. (EA-UFMG, 2016)
Doutoramento concluído em Abril de 2021 (EA-UFMG e FBAUP).
Integra o grupo de investigação Mom - Morar de outras maneiras, da EA-UFMG
www.mom.arq.ufmg.br


joaquim

Joaquim Pinto Vieira, 1946, Artista Plástico formado na ESBAP. Professor Catedrático de Desenho da FAUP. Aposentado desde 2009. A sua obra artística e teórica pode ser, em parte, vista nos blogs:
pintovieiradesenho.blogspot.com
drawingdesenhodibujo.blogspot.com
pintovieiraensinodesenho.blogspot.com


nuno

Nuno Sarmento (Porto, 1996), atualmente a concluir o curso de Mestrado Integrado em Arquitetura, na FAUP, divide a sua prática entre a exploração artística através do desenho, e a investigação e procura de produção arquitetónica.
O desenho tem para si um papel dual: ser um meio de exploração do pensamento, tendo um caráter transitório ou aberto, e ao mesmo tempo ser um fim em si mesmo, onde é visto como obra final, acabada - exposição final de um processo mental e/ou físico.
O seu percurso artístico mais recente debruça-se sobre o formato de desenho em “Rolo”: um objeto transportável e possivelmente infinito, que procura preservar de forma autónoma (fragmentos de) uma realidade experienciada. Criados através deste meio, destacam-se o rolo “Memórias do Fazunchar” (2019), exibido em exposição homónima em 2020, e o “Rolo da Quarentena”, criado ao longo do confinamento de 2020.
Para além deste formato, realizou já várias ilustrações para revistas, cartazes e outros suportes, e participou também em festivais e diversas modalidades de desenho ao vivo. Fez igualmente em 2020 o design do álbum “Uma palavra começada por N”, do músico Noiserv.
Nuno conta com dois prémios de excelência na sua faculdade, fez várias exposições a solo e coletivas, e participou em concursos de desenho, destacando-se aí com três menções honrosas.

 


Comissario | José Maria Lopes com colaboração de Vítor Silva
Comissariado das Comemorações dos 40 Anos da FAUP

Filipa de Castro Guerreiro, Ana Alves Costa e Carla Garrido de Oliveira


Programa sujeito a alterações (sem aviso prévio).
Este evento é passível de ser registado e divulgado pela FAUP através de fotografia e vídeo.
A FAUP não emite declarações de presença ou assistência online do evento.



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